sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

A Escolha certa

Desde criança sempre fui uma guria muito confusa, já sonhei em ser médica, advogada, veterinária e até turismóloga, mas quando estava na 6ª série,uma vez por semana, a professora de redação nos incentivava a levar jornais, revistas e gibis para que diversos temas fossem discutidos em sala de aula e nos inspirasse para a escrita. Então, para minha surpresa, passei a adorar esta aula, não faltava em nenhuma, acordava mais cedo para passar na banca de jornal toda quarta-feira antes de ir a escola.
No ultimo bimestre a mesma solicitou que fizéssemos um jornal, para grande parte da turma, aquilo foi assustador, mas ao meu ver, foi o melhor trabalho daquele ano, me tornei “diretora” do Jornal Atual (nome escolhido pelo meu grupo) e em poucas semanas conseguimos fazer um trabalho que mostrava desde o horóscopo até temas socioeconômicos polêmicos.
À partir deste dia coloquei em minha mente que queria ser jornalista, trabalhar em uma redação de jornal ou revista, entrevistar pessoas importantes e pessoas desconhecidas, levar a informação a todas as classes sociais e me sentir útil para a população da minha cidade.
No entanto, como nem tudo é perfeito (principalmente na adolescência) , escutei de vários “amigos” que o curso não combinava comigo, pois sou um pouco tímida, também ouvi - e ouço até os dias atuais - que não há vaga para a área, que jornalista não ganha dinheiro e que o máximo que poderia acontecer era após acabar o curso, procurar uma faculdade para dar aula e não morrer de fome.
Desta forma, passei a pensar seriamente em mudar a minha escolha, quando iniciei o ensino médio decidi que seria publicitária, que esta sim era a graduação correta, a formação que me traria uma carreira financeiramente feliz, porém a vida me surpreendeu mais uma vez e o meu professor de literatura em parceria com o grupo Positivo, iniciou um projeto no segundo semestre onde em um programa cada aluno podia formar, editar um jornal e colocar a noticia sobre o tema que desejasse, porém o tempo era curto e em pouco mais de três aulas consegui concluir o meu jornal, o mesmo foi publicado ( apenas para o grupo Positivo e para o meu colégio) em Curitiba-PR e enviado para São Paulo no dia do meu aniversário de 15 anos, não teve presente melhor, pois mesmo sendo apenas uma página com matérias curtas, cheguei em casa imensamente feliz e fiz questão de mostrar para todas as pessoas que eu conhecia.
Montei um blog ( que hoje já nem existe mais) e um fotoblog que escrevia todos os dias, geralmente resumia meu dia, desabafava, escrevia sobre minhas decepções, sobre os problemas pessoais, sobre o que eu achava da sociedade, sobre o comportamento humano e etc. De inicio, tinha vergonha de mostrar os textos para os meus conhecidos, mas um dia um grande amigo leu um dos textos e passou a divulgar a página, comecei a receber vários comentários de amigos e até de pessoas que eu nem conhecia me motivando, dizendo que eu nasci para escrever e isto me fazia sentir mais prazer em redigir minhas idéias a cada dia, todavia passei a me expor demais, estava em crise existencial devido alguns problemas sentimentais e acabei fazendo com que os meus textos virassem “armas” contra eu mesma, não tive outra escolha, parei de escrever neste blog.
Três anos após finalizar o ensino médio, decidi iniciar o ensino superior e mesmo ouvindo coisas ruins sobre o curso não coloquei nenhuma outra opção na hora do vestibular além de jornalismo.
Os colegas de trabalho foram os primeiros a me criticar, muitos chegaram a dizer que não concluiria o curso e que deveria fazer a matricula para administração, para ter um plano de carreira na empresa, mas eu não os dei ouvidos, fiz a minha escolha e a cada aula tenho certeza de que estou no lugar certo, que faço o que gosto e que terei uma profissão prazerosa.
Sendo assim, posso concluir que foi um simples trabalho de escola que me levou a ter prazer em ler, pesquisar, escrever e desejar ser jornalista
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Um comentário:

Flip . disse...

Faça apenas aquilo que te faz bem e não dê ouvidos a pessoas invejosas que não têm a mesma sorte e coragem para enfrentar barreiras.

Continue assim!

Beijos =)