domingo, 15 de março de 2009

E aquela tal “Ditabranda”?

O Jornal Folha de São Paulo, se referiu a ditadura militar como “ditabranda”. Esta palavrinha, foi usada apenas para se referir ao regime militar que teve aproximadamente 21 anos (1964 – 1985) de tortura, massacre, humilhação, estupros, perseguição e é visto como a parte mais vergonhosa da historia brasileira.
Por este fato, a palavra teve tanto impacto que foi rapidamente distribuída na blogosfera brasileira, estudantes, jornalistas, críticos e até mesmo pessoas que estão fora do meio da comunicação, porém que possuem o bom-senso publicaram textos sobre o absurdo dito por um dos jornais mais importantes de São Paulo.

No dia 7 de março, pessoas de todo o Brasil, após terem combinado via internet e do “telefone sem fio” ( boca a boca), se juntaram na frente da sede do jornal para protestar. Usaram rede wireless e os blogueiros puderam fazer posts em tempo real, publicar as fotos das três horas de manifestação, as pessoas também trocaram informações pelo twitter, Orkut, e-mail, MSN, e todas as formas de comunicação virtual.
Além de protestarem contra a tal “ditabranda”, com cartazes, mensagens e gritos, também mostraram a força que a internet tem na sociedade.

O jornal nunca imaginou que esta palavra ficaria tão famosa, que alcançaria mais de 172 mil pesquisas no Google, que juntaria tanta gente, que seria assunto no Twitter e em todo mundo virtual. Provavelmente, a Folha de São Paulo acreditou naquela lenda que diz “brasileiro não tem memória”, mas se enganou e muito. Durante o protesto todas as pessoas importantes na época da ditadura foram lembradas,pessoas exiladas, assassinadas, como: Stuart (filho de Zuzu Angel), Vladimir Herzog, Henrique Pereira Neto, Manoel Lisboa de Moura e muitos outros.

Deste modo, o povo mostrou que todo o sofrimento do pior regime militar que existiu neste país não foi esquecido e que a internet vai além de um site de relacionamentos e um comunicador de mensagens instantâneas.

Um comentário:

°kynho° disse...

Ditabranda é osso. O pai do redator deve ter sido militar na época e lhe contava "belas histórias" antes de dormir. Ai virou isso "meu papai meu herói".