domingo, 12 de abril de 2009

Entrevista com Real do Nunca

Samuel Gomes Carlvalho, 19, estudante de analise de sistemas da Universidade Castelo Branco (Unicastelo) e cantor de rap. Reside na zona leste de São Paulo, é mais conhecido como Real do nunca e busca um espaço como músico.
Real do nunca lançará em breve seu primeiro disco “O nunca” que possui duas faixas (Mar de inspiração e Ama memo?) no myspace.


Como surgiu o seu nome artístico "Real"?
Na realidade de uma batalha de rimas, mas sempre gostei desse lance de "ser real", só nunca tinha parado pra pensar em me nomear com algo tão próximo disso.

Onde busca inspiração para suas músicas e como se identifica com elas?
Como a maioria dos músicos, busco inspirações no que vivo e em minhas raízes. Identifico-me com cada letra escrita, pois isso tudo nada mais é do que eu, minha cara e meu caráter.


Há duas músicas suas disponíveis em seu myspace e percebe-se que você faz um rap diferente do comum, pois não fala de drogas, criminalidade e violência. Como você se esquiva dessas coisas e busca de um espaço na música?
Eu procuro sempre pregar o que vivo e o que sou no que escrevo, se eu não uso drogas, não pratico violência nem cometo crimes, seria hipocrisia minha falar sobre os que fazem isso. Para esquivar de tudo isso basta me manter o natural possível.

Em um trecho da música Mar de inspirações você diz: "Um insano vagabundo no papel se torna incrível" qual a mensagem tenta passar através disso?

Com essa frase quero dizer que todos nós somos capazes de fazermos o que queremos, pois nada que é possível para um homem é impossível para outro. Creio que um homem julgado insano pela sociedade sem nenhum bem material no papel se torna um artista memorável.


Qual sua maior dificuldade para conseguir correr atrás de seus sonhos musicais? Há algum outro sonho?

As maiores dificuldades mesmo além da financeira é a falta de incentivo das pessoas próximas que desacreditam da minha capacidade, isso muitas vezes me deixou pra baixo e quanto aos outros sonhos, nenhum outro no momento, por enquanto estou bem focado nesse, para não me perder.

Você sofre alguma discriminação na rua por estilo ou modo de ser?

Sim, tanto por estilo quanto por modo de ser, isso acontece muito.

E o que você faz pra que isso não te afete?
Eu separo as coisas e dispenso o que é desnecessário na minha evolução musical. No começo é meio complicado, pois você fica meio "encanado" com aquilo, mas depois vê que não passam de comentários.

Onde costuma se apresentar, deixar suas idéias e seus sons?
Geralmente nas casas culturais, oficinas de literaturas, shows organizados por amigos e algumas casas de eventos.

Acreditar em seus sonhos pode ser a maior arma para vencer todas as barreiras encontradas em sua vida?
Sim se eu não acreditar em mim, se quer poderei sonhar. Não dá para ficar parado, quem dorme sonha, quem trabalha realiza.



Por: Talita Kibaiasse

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